Do que trata este blog?

Que fique claro que NÃO falo em nome de nenhuma denominação religiosa e que NÃO considero o conteúdo aqui apresentado como revelação, ou comunicação sobrenatural. Não há qualquer compromisso com doutrina, catecismo ou com a tradição de qualquer das denominações cristãs.Tudo que aqui for postado será sempre fruto de meus diálogos internos com o meu inseparável amigo que vive livremente em mim, embora a maioria das pessoas pense que Ele está aprisionado nos tabernáculos em todo o mundo. Que o adorável prisioneiro me ajude nesta empreitada. Aqui temos uma série reflexões entre dois amigos muito íntimos. E entre bons amigos a simplicidade e a informalidade sempre serão a tônica. O título do blog, se visto com olhos amorosos, jamais será tido como desrespeitoso. É um lugar de divagações, sonhos e devaneios sagrados, muito sagrados e de relatos apaixonados de um mestre e seu discípulo.

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Como tudo começou

Já faz muito tempo que nos conhecemos. Muito tempo mesmo.

Para falar a verdade eu nem sei quando essa amizade começou. Tenho a impressão de que ela é tão antiga que sempre existiu.
Somos o que se pode chamar de grandes amigos, amigos inseparáveis

Foi numa de minhas visitas que ele disse que queria me falar de sua amizade. Isso já faz muito tempo, mas sempre tenho a impressão, não sei o porquê, que aconteceu hoje de manhã. Na verdade, eu no início não me dei conta de quem me falava de modo tão próximo e de forma tão carinhosa. Só depois de algum tempo que percebi que era Ele quem me falava.

Ele, está sempre trancafiado ali o dia inteiro.

Quando abrem a porta ele tem muitas pessoas para atender que em uma fila lhe solicitam a presença... São muitos pedidos e reclamações, comentários e ele faz questão de ouvir e tentar amenizar a dor de tantos. Quando acaba e se dá conta, já o colocaram lá de novo e a porta já está com a chave...

Amorosamente me fez uma proposta. Seríamos amigos e ele me ensinaria a percebê-lo junto de mim, mesmo ele estando lá dentro, trancado. Estranhei, achei que isso era impossível. Achei que ele estava ficando meio, sei lá...
Afinal todos sabiam que Ele era tão importante e poderoso, viam-no tão distante nos excelsos , tão ocupado com uma humanidade turbulenta... Mas tocou-me a maneira amorosa como me falou. Simples, sincero e indescritivelmente envolvente. Me explicou que as pessoas vão até ele de uma forma muito cerimoniosa, com muitos títulos, muita pompa, tanto que ele até se sente meio sem graça.

Confidenciou que gostou muito da forma como eu me aproximei, como um filho que fala livremente com seu pai.

Desde aquele dia, quando me ensinou a abrir os ouvidos da alma para ouví-lo que nunca mais nos separamos. Convivemos as 24 horas de cada dia.
Até em sonhos , as vezes, ele me chama para conversar... Conversamos e rimos muito. Ele me ajuda a ver e entender um mundo como eu nunca seria capaz de entender. Me levanta quando caio, me sustenta quando tenho medo, me ampara quando os joelhos enfraquecem. Às vezes me chama quando menos espero, outras se faz de surdo só para me testar e, quando estou entrando em desespero é seu riso que ouço e em um segundo me recupero e percebo o quanto pequenas são as minhas preocupações e medos.

Numa manhã, quando passei na casa d’Ele me surpreendeu com uma sugestão, ele me disse : que tal parar de se envolver tanto com o lado ruim, com as reclamações e as revoltas, com aquilo que realmente está deteriorado?

Eu tenho uma proposta para você. Daqui para frente você vai se ocupar do outro lado, o lado da luz, e vai fazer um trabalho inverso ao que vinha fazendo, vai se esforçar para ter uma postura mais luminosa e esperançosa. Vamos juntos mostrar que as mudanças podem também acontecer quando se ilumina o que de bom está sendo transformado, e que se desenvolvermos uma postura de gratidão pela vida e ampliamos a nossa capacidade de perdoar, tudo muda.

Para fechar me disse com um ar até meio solene:

“Tudo, absolutamente tudo contribui para o crescimento e aprimoramento das criaturas de meu pai” e arrematou:
eu já tinha dito que nem um fio de cabelo cai da sua cabeça dura, sem que seja da vontade de meu pai.
Depois sorriu ternamente e me disse: vamos! Vamos lá fazer o que temos que fazer.
Eu não saberia mais viver sem ele, não consigo imaginar a vida sem a sua presença

Por isso estou aqui nessa viagem que espero seja muito alegre e inspiradora para muitos.
Shalom! Axé! Awerê!

 

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