Do que trata este blog?

Que fique claro que NÃO falo em nome de nenhuma denominação religiosa e que NÃO considero o conteúdo aqui apresentado como revelação, ou comunicação sobrenatural. Não há qualquer compromisso com doutrina, catecismo ou com a tradição de qualquer das denominações cristãs.Tudo que aqui for postado será sempre fruto de meus diálogos internos com o meu inseparável amigo que vive livremente em mim, embora a maioria das pessoas pense que Ele está aprisionado nos tabernáculos em todo o mundo. Que o adorável prisioneiro me ajude nesta empreitada. Aqui temos uma série reflexões entre dois amigos muito íntimos. E entre bons amigos a simplicidade e a informalidade sempre serão a tônica. O título do blog, se visto com olhos amorosos, jamais será tido como desrespeitoso. É um lugar de divagações, sonhos e devaneios sagrados, muito sagrados e de relatos apaixonados de um mestre e seu discípulo.

terça-feira, 12 de março de 2024

Mestre afinal o que é ser cristão ?

Hoje perguntei ao meu amigo:
Mestre, afinal o que é ser cristão?

E Ele me disse:
Nada é pior do que alguém que se atribui o título de “Cristão”  e faz  disso um diferencial, algo que o coloca em um patamar superior aos demais, se esquecendo de que ser um seguidor meu, implica em se fazer operário da construção do Reino do Pai, ou se colocar como último, ou se fazer servidor antes de pretender ser servido.


 Impressionante que esses fatos ficaram registrados em  textos antigos e dão conta de que na verdade, os que me seguiam, ou melhor, se inspiravam em meus ensinamentos se diziam “Caminhantes”, ou pessoas “do caminho”.

Essa é a ideia que acho mais fiel que se deva fazer dos verdadeiros construtores do reino, uma vez que foi isso que eu pedi a meus apóstolos que fizessem. A ideia do caminho dá a dimensão que os primeiros seguidores tinham desse processo, um processo que é contínuo e crescente, e que tem que abranger a única lei deixada por mim: Amar como eu amei.
Esse amor não se limita, é abrangente, nele todos estão comtemplados: negros, brancos, indigenas, orientais, ladrões, prostitutas, cobradores de impostos, samaritanos, adúlteras,  homossexuais... Todos os que eram excluídos e rejeitados pela sociedade e precisassem de ser acolhidos, na verdade TODOS.  Além disso, eu deixei muito claro através de Mateus quem teria parte comigo no reino de meu pai,  os que cuidam dos pequeninos, ou seja, os que estão no cuidado dos que estam presos , doentes, com sede, com fome, abandonados nas ruas, excluídos...


O meu projeto não cabe nisso que vocês chamam de "religião única", ele é abrangente demais para ser enquadrado onde quer que o queiram limitar. 
É um projeto utópico de aperfeiçoamento do ser humano, da criatura de meu pai rumo a eternidade.  Por isso, como diz o Salmo, meu pai não habita em tendas nem em templos feitos por mãos, ele está acima das religiões e se revela em nós que somos a expressão do seu amor. 
Temo que alguns representantes de algumas religiões fizeram um grande esforço para deturpar: eu disse que estaria em vocês, no meio de vocês.  Eu sou o "nous", a extremidade mais sutil do espírito, ao qual o logos é imanente (parte inseparável).

O evangelho de João tenta dizer isso em seu primeiro capítulo:
 “No princípio era o Verbo ( logos), e o Verbo (logos) estava com Deus, e o Verbo(logos) era Deus”.
É este princípio que precisam encontrar, o principio que mantém a vida em todos vocês.


Tentando concluir a partir do que Ele me disse fiquei pensando:

Os textos  indianos nos dizem que a causa da infelicidade é a Avidya, a ignorância, o desconhecimento do Self, o esquecimento de nossa identidade em Deus.  Sair desta ignorância implica em uma libertação, que é o conhecimento do Si mesmo. 
Jesus disse:  “conhecereis a verdade e a verdade o libertará”.
E é o Cristo, o Si mesmo, o Self, o Cristo que vive em nós (já não sou eu quem vivo, mas é o Cristo que vive em mim - S. Paulo) que precisa ser conhecido e nos libertar de Avidya, da ignorância.
O discernimento das ilusões e a reintegração do nosso ser verdadeiro.
Aquele que reconhece "o vivente" em Si sabe de onde veio e para onde vai.  Por isso o "caminhante",  o liberto, é alguém que descobriu que o Cristo  “está no meio de nós”,  independente do tipo de liturgia que expressa para revelar isso.
No nível da espiritualidade todas as diferenças se aplainam e desaparecem, para que transpareça o Deus único, independe de rituais, liturgias e doutrinas, na medida em que Ele É.


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